Hoje falaremos sobre Death Valley
O parque nacional de Death Valley fica na fronteira da Califórnia com Nevada, a 350 km de Los Angeles e 200 km de Las Vegas e nós o visitamos duas vezes, sendo a última em janeiro de 2012.
É um destino interessante por ser perto dessas duas cidades, inclusive como roteiro para ir de uma para a outra, e por poder ser aproveitado no inverno, uma raridade nos EUA.
A totalidade da sua área é composta de vários tipos de deserto, como planícies de sal, dunas de areia, badlands, vales, canyons e algumas montanhas.
Death Valley é o maior parque nacional dentro dos Estados Unidos.
Foi criado como National Monument em 1933 e passou a National Park em 1994. A maioria das instalações e estradas foram feitas durante a Grande Depressão.
É um dos lugares mais quentes e secos do mundo, com o recorde de 56,7° C em 1913, a mais alta temperatura registrada na Terra.
No verão a média é de 49°C, mas não se assuste e deixe de visitá-lo, pois no inverno as temperaturas são bem mais amenas.
A temperatura média é de 18°C em dezembro.
Nossa última visita foi nessa época e foi bem agradável.
É também o 2º ponto mais baixo das Américas, atingindo 86 metros abaixo do nível do mar em Badwater Basin.
Até se tornar protegido, Death Valley National Park foi local de exploração mineral, sendo as planícies de sal ricas em bórax e vários sais.
Apesar das condições climáticas e geológicas terríveis para a sobrevivência é o lugar de 51 espécies de mamíferos, 307 de aves, 36 de répteis, 3 de anfíbios e 2 peixes.
Com sorte você poderá avistar burros selvagens, coiotes, raposas, veados e cabritos selvagens. Com azar, uma cascavel.
Visitar Death Valley é fácil, sendo que a estrada CA190 corta o parque de oeste a leste e dá acesso a outras estradinhas, algumas de terra, para visitar os pontos turísticos.
O centro de visitantes fica em Furnace Creek e a velocidade máxima do parque é 25 milhas por hora.
Atrações no parque:
Artist’s Drive e Zabriskie Point – diversos morros coloridos devido aos minerais do solo.
Badwater Basin e Devil’s Golf Course – uma planície de sal quase puro a 86m abaixo do nível do mar.
Dante’s View – de seus 1700 m, você poderá admirar a maior parte do parque.
Eureka Valley Sand Dunes – fica ao norte do parque e consiste em dunas de areia de mais de 200 m de altura.
Furnace Creek – um oásis verdadeiro, cortado por riachos e onde ficam os hotéis e o centro de visitantes.
Hells Gate – um ponto panorâmico com belas vistas.
Mesquite Flat Sand Dunes – outra região de dunas, inclusive foi local de filmagem de vários filmes, inclusive Star Wars.
Mosaic Canyon – formado por paredes de mármore polido por milhões de anos de erosão.
Panamint Valley – diversos pontos de interesse ao longo das estradas.
Racetrack Playa – é o local das “rochas andantes” e das trilhas que elas deixaram.
Rainbow Canyon – visitado principalmente para se apreciar as manobras de jatos das bases da força aérea que ficam ao redor do parque.
Saratoga Springs – um riacho no meio do deserto que forma um pequeno pântano ao seu redor, atraindo diversos animais, inclusive um peixe que só existe no local.
Scotty’s Castle – uma mansão de 1920, construída em estilo Espanhol Colonial pelo milionário Walter Scott. Atualmente não pode ser visitada, pois, ironicamente foi danificada por uma inundação no meio do deserto. Provavelmente será reaberta em 2020.
Telescope Peak – ponto mais alto do parque.
Dicas:
Visite o Death Valley entre outubro e março, quando a temperatura é razoável, e nunca no verão, quando é insuportável.
Nós fomos uma vez em junho e quase morremos, não dá nem para sair do carro. É tão quente que você fica sem ar!
Já no inverno, quando também já fomos, é bastante agradável. Acredito que no final do outono, igualmente também seja uma ótima época.
Se quiser ficar hospedado dentro do parque, existem 4 hotéis – Inn at Death Valley, um hotel 4 estrelas; The Ranch Death Valley, um motel 3 estrelas, o Stovepipe Wells Village Motel e o Panamint Springs Resorts, um motel.
Nós nos hospedamos 2 noites no The Inn At the Death Valley e ele é um ótimo hotel, inclusive com uma comida bem gostosa.
Se você quiser ficar dentro do parque no inverno, é necessário reservar com meses de antecedência e as diárias ficam muito mais caras.
Analise a melhor combinação de preço e estação do ano para aproveitar o passeio e não “deixar as calças”.
A gasolina dentro do parque é caríssima, em 2012 ela custava mais de 5 dólares e meio o galão, por isso encha o tanque antes de entrar no parque.
Se você quiser conhecer bem o parque precisará de pelo menos 2 dias e tenho certeza que você aproveitará bastante, pois tem atividades para fazer o dia inteiro.